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Francisco Grácio, Administrador da PortugalRur

O futuro está escrito nos números

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Até ao final do ano, pode contar-se com o aumento do volume e dos preços de transação de imobiliário, acompanhado de estabilidade nas taxas de rentabilidade.
Quem habitualmente lê estas minhas crónicas, já conhece o meu respeito pelos números como forma clara e factual de conhecermos a realidade. Sem nunca ignorar a importância da percepção e a leitura intuitiva da realidade, as cifras são um referencial sempre a ter em conta.

E falamos de números novamente, porque, muito recentemente, a Deloitte deu a conhecer as conclusões do ‘Portuguese Real Estate Investment Survey’, que nos dá claramente a conhecer o que vai ser o futuro próximo do mercado imobiliário no nosso país. Números que fazem posicionar os diversos atores no mercado imobiliário em Portugal.

Segundo os resultados aos inquiridos, a maioria dos agentes do sector imobiliário continua a apostar numa estratégia de investimento (54%), em detrimento da gestão de portefólio (23%) ou do desinvestimento (23%). Até ao final do ano, pode contar-se com o aumento do volume e dos preços de transação de imobiliário, acompanhado de estabilidade nas taxas de rentabilidade.

Para os investidores, os ativos core são a estratégia preferencial (46%) e a maioria (54%) prevê aumentar o portefólio em mais de 10%, procurando uma menor exposição ao risco e uma rentabilidade mais estável. Pretende-se assim a preservação do capital face a riscos elevados que poderiam ser viabilizados por outro tipo de investimentos. Situação que é acompanhada pela preferência por clientes com maior nível de rating e em localizações mais premium.

Para os investidores imobiliários que operam preferencialmente em Portugal, os sectores preferenciais de investimento são os escritórios e a hotelaria (54% cada), mantendo-se a banca como principal fonte de financiamento (69%), seguida dos fundos de pensões e dos fundos de fundos (38% cada). Já a origem do capital, é sobretudo europeia (62%) e norte-americana (54%), seguindo-se a Ásia e o Médio Oriente (31% cada) como principais origens.

Mas, se há quem invista, há também quem faça o percurso inverso. E onde vão focar o seu desinvestimento? Precisamente nos ativos core (31%), mas apenas 31% dos investidores tem como objetivo reduzir o portfólio em mais de 10%. Ainda assim, é um tópico ao qual devemos devotar atenção.

Focando-nos ainda até final deste ano, antevê-se um aumento do volume e dos preços de transação, nos sectores hoteleiro (77%), comércio e serviços (69%) e industrial (62%). As taxas de rentabilidade, nos sectores industrial (85%), comércio/ serviços (69%) e residencial (61%) devem manter-se estáveis.

Ainda segundo o mesmo estudo da Deloitte, a entrada de novos agentes e o investimento estrangeiro são identificadas como as variáveis que terão um maior impacto positivo no sector (85% e 77% respetivamente), enquanto a burocracia e a política fiscal são referidas como as que terão maior impacto negativo (46% e 38% respetivamente). Estas últimas, por todos e há muito identificadas.

São números como estes, aos quais devemos ter maior atenção e que nos dão o caminho do futuro próximo do imobiliário em Portugal.
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Fecha: 20/4/2024
Fecha: Diaria
Ediciones: Gratis
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